Retrospectiva Moda e Música 2022 com Isa Menta
Oi, gente! Isa Menta aqui começando mais um (e o último) Moda e Música de 2022. Quando ouço falar em fim de ano, já me vem à cabeça, além das datas comemorativas, as retrospectivas que os canais e programas normalmente fazem. E embora esse tenha sido um ano de diversos acontecimentos marcantes pra história dos dois universos que falamos por aqui, eu particularmente achei que os últimos 12 meses passaram voando e, por isso, muitos desses episódios acabaram ficando “esquecidos” em nossa mente em meio ao volume de informações que vimos nesse período. Por esse motivo, decidi trazer hoje aqui no Esse Tal de Rock and Roll uma retrospectiva para que nós possamos relembrar alguns momentos relevantes desse ano no cenário fashion e musical.
Começando pela moda, esse ano que passou gerou perdas significativas, colaborações que levaram os amantes do assunto à loucura, polêmicas, que nunca faltam e também foi responsável por ditar tendências um tanto controversas do ponto de vista do público em geral. A volta dos elementos “y2k” (nome criado em referência aos anos 2000) trouxe consigo as famosas calças de cintura baixa, usadas por celebridades como Britney Spears, Kelly Rowland, Avril Lavigne e Beyoncé e dividiram as opiniões na internet quanto a sua estética e usabilidade.
Outro ponto marcante desse ano foi a polêmica gerada pela grife espanhola Balenciaga, que lançou uma coleção com itens apresentados de uma forma completamente descabida há poucas semanas, misturando BDSM, crianças e apologia ao abuso infantil. Não precisou de muito tempo para que as críticas por parte do público surgissem e a marca fosse cancelada, sendo alvo, inclusive, de boicotes dos consumidores mais assíduos. Definitivamente, não pegou bem e foi um dos assuntos mais comentados do meio fashion.
Falando novamente de tendências, 2022 foi o ano em que o termo “core” estourou. Vimos surgir o brazilcore, que acompanhou as cores da bandeira em razão da Copa do Mundo, o balletcore, que trouxe elementos como as sapatilhas de balé e o mais evidente, o barbiecore. Foi quase impossível abrir o Instagram durante esses últimos 12 meses e não ver alguém, principalmente as blogueiras de moda, postando sobre algum ou todos os três movimentos. Observando todos esses aspectos, para mim, a tendência barbiecore foi, sem dúvidas, a mais expressiva durante esse período, já que além de mesclar cores mais “usáveis”, porque nem todo mundo gosta de verde e amarelo juntos, foi uma moda mais democrática no sentido de ser usável no dia a dia e em outras ocasiões. Além disso, a Valentino foi responsável por aumentar em mais de 150% a procura por looks rosa pink após seu desfile de Outono/Inverno 2023 que contou com looks em tom exclusivo desenvolvido pela Pantone.
Por falar em balletcore, dois destaques desse ano foram a tiktoker Malu Borges e a marca italiana MiuMiu, que lançou sapatilhas realmente com essa estética de balé e rapidamente caiu nas graças das celebridades no cenário da moda, como Bella Hadid, Rosalía, Sydney Sweeney e a própria influenciadora brasileira, que viralizou usando peças da grife em composições bem inusitadas. A empresa, que até então se mantinha numa posição de não muito destaque nas passarelas, retomou o sucesso não só com essa estética bailarina, mas também com a volta das coleções masculinas e das mini saias que deram o que falar no início do ano por medirem 20 centímetros apenas.
Não à toa, a Lyst, companhia de tecnologia de moda e aplicativo de compras premium, elegeu a MiuMiu como a marca do ano, dominando as passarelas e os guarda-roupas das famosas. Ainda de acordo com a empresa, a logo do ano ficou com a Diesel, que garantiu sua volta ao mercado de luxo com os cintos e bolsas que explodiram durante 2022 e se tornaram os acessórios mais procurados pelo público em junho, usado inclusive por Kylie Jenner.
Falando nela e agora também em música, quem marcou presença pela primeira vez no Brasil durante esse ano foi o marido dela, o rapper Travis Scott, que tinha sido confirmado para o Lollapalooza em 2020, mas em razão da pandemia, teve seu show cancelado e se apresentou no Primavera Sound, que aconteceu em novembro. É legal dizer que o ano de 2022 ficou marcado pela volta dos eventos e da “vida normal” pós pandemia da Covid-19 e em razão disso, diversos artistas puderam se apresentar pela primeira vez ou em retorno ao nosso país. Nomes como Justin Bieber, Dua Lipa, Avril Lavigne, Post Malone, Guns N Roses, Iron Maiden, Coldplay e Maroon 5 foram alguns que puderam pisar em solo brasileiro durante esses meses.
Como boa fã dos anos 2000 e de hip hop, um show que me marcou bastante foi o do 50 Cent no Planeta Brasil, que aconteceu em Belo Horizonte no final de setembro. Após 12 anos sem vir ao Brasil, o rapper se apresentou em contrato de exclusividade com o festival com um show de aproximadamente 2 horas e foi muito legal ver o público cantando todas as músicas junto. No mesmo dia, Ty Dolla $ign veio pela primeira vez também ao Brasil e além de seus hits como “Or Nah”, “Love U Better” e “Swalla”, cantou em primeira mão o single “My Friends”. No dia seguinte do festival, um dos grandes nomes confirmados foi Layrin Hill, que tinha vindo pela última vez em 2019.
Falando de lançamentos, o mais relevante pro mundo pop foi, sem dúvidas, o álbum “Harry’s House” do britânico Harry Styles, que trouxe a faixa “As It Was”, uma das mais ouvidas do mundo todo em 2022. Outro disco de impacto foi “Renaissance” da diva Beyoncé, que, para mim, foi o grande destaque do ano, misturando disco dance, elementos dos anos 70 e house, compondo a primeira parte da trilogia que a cantora vem desenvolvendo. Relembrando o recorde que comentei no penúltimo quadro, teve Taylor Swift também ressurgindo das cinzas com o “Midnights”, que alcançou as 10 posições simultâneas das paradas musicais. Não poderia também deixar de comentar a estreia do “Honestly, Nevermind” do Drake, que apesar de eu não considerar seu melhor álbum, entregou músicas bem viciantes.
Por fim, não dá para falar de música em 2022 e não mencionar o principal assunto levantado pelos artistas nesse período: a saúde mental. Em outro quadro, conseguimos perceber os impactos que a pandemia gerou no psicológico das celebridades e a importância de se afastar dos holofotes para se recuperar, mesmo que isso implique no cancelamento de shows e turnês, como foi o caso do Justin Bieber, o exemplo mais emblemático quando se trata do tema.
E para vocês, qual foi o acontecimento mais marcante desse ano na música e na moda? Me conta lá no instagram @isaamenta, queria aproveitar para já desejar um feliz natal e um próspero ano novo a todos que estão escutando a coluna de hoje e também agradecer a quem esteve presente aqui durante esses meses, seja ao vivo na Inconfidência ou pelo Rock Cabeça. Eu sou a Isa Menta, esse foi mais um Moda e Música trazendo uma retrospectiva de 2022. Obrigada e até o ano que vem!