Moda e Música com Isa Menta: Madonna no Rio

Oi, gente! Moda e Música começando, Isa Menta aqui para reunir os dois universos no Esse Tal de Rock and Roll. Depois de muitas especulações e expectativas por parte dos fãs, finalmente Madonna confirmou sua vinda ao Brasil no dia 4 de maio para se apresentar na praia de Copacabana. Após 12 longos anos sem pisar em território brasileiro, a cantora decidiu fazer do Rio de Janeiro o ponto final de sua turnê “Celebration Tour”, que pretende homenagear seus 40 anos de carreira. É justamente por tudo isso e pela cidade maravilhosa ser a única que marca sua passagem pela América do Sul, que o Moda e Música de hoje decidiu falar mais sobre o que se espera dessa performance.

É certo que a popstar vai arrastar multidões, não à toa, a expectativa é de que haja cerca de 1 milhão de pessoas assistindo, ou seja, o maior show de sua carreira. Já foram várias as apresentações realizadas na praia de Copacabana nos últimos tempos. Alok em 2023, Anitta em 2018, Jorge Ben Jor em 1993, Rolling Stones em 2006 e outros. Sempre lotados, fazendo a alegria de inúmeros fãs, mas com um denominador em comum: a falta de segurança. E acredito que para esse show da Madonna, por um lado, não será diferente. Principalmente por ser um show gratuito, embora tenham divulgado que haverá revista e pontos de bloqueio, a maioria das pessoas já sabe o que acontece e várias, inclusive, evitam ir nos shows da praia de Copacabana justamente por isso. Muito furto, correria, confusão nos arredores e pra algumas pessoas, o que era para ser um momento de diversão, acaba virando uma noite de terror. E já teve até vidente na internet dizendo que essa passagem pelo Brasil vai dar em tragédia.

Por outro lado, a especulação é de que seja um “Reveillon fora de época” no Rio de Janeiro e pegando como parâmetro o evento da virada desse ano, a segurança foi bastante reforçada, com monitoramento por drones, câmeras instaladas nas fardas da polícia, detectores de metal e outros. Se a organização for no mesmo esquema, aí sim acredito que o show possa seguir o resultado do ano novo, com número de roubos e furtos reduzido. Veremos as cenas dos próximos capítulos.

A última vez que Madonna esteve no Brasil foi em 2012 com a MDNA Tour. Outras aparições foram em 2008 com a turnê “Sticky & Sweet” e em 1993 com o “The Girlie Show”. Mais um ponto que me faz acreditar que de fato o número de pessoas assistindo bata recorde é que essa turnê de agora marca a volta da rainha do pop aos estádios, arenas e afins, já que em sua última só pôde se apresentar em teatros. Além disso, esteve por um tempo afastada dos palcos para tratar uma infecção bacteriana que inclusive a levou à UTI e até mesmo por conta de sua idade, acredito que em um futuro não tão distante assim, ela se aposente desse formato de shows em sequência.

Falando dos looks, minha parte favorita, o mais legal da “Celebration Tour” é que além de ter peças assinadas por vários estilistas (e não só as suas oficiais), o intuito é trazer de volta figurinos já usados por ela em outras turnês, mas repaginados. E nesse quesito, ela entrega, viu? Ao mesmo tempo que ela serve nostalgia (pra quem é fã mais antigo), ela serve também criatividade ao inserir elementos que fazem a referência no look novo.

Exemplo disso é a performance de “Like a Virgin”, onde ela refez em Londres o icônico corselet com os bustos em formato de cone de Jean Paul Gautier, usado na “Blond Ambition World Tour”. Além disso, Madonna reproduziu a coreografia que foi motivo na época até do Papa pedir a prisão da popstar, a excomungando da igreja católica. Em “Nothing Really Matters”, a referência está na performance de 1980 no Japão, com a substituição do kimono preto por um fraque de mesma cor, que, bem simplificadamente, é uma espécie de paletó. A rainha do pop que não é boba nem nada, já fez que nem a Beyoncè e botou os filhos para trabalhar nessa turnê e eles também não passaram ilesos dessa proposta do figurino. Um deles, David, usou o casaco de pele branco, com o chapéu de cowboy e as joias da Versace que sua mãe exibiu em 2000 no clipe de “Music”. Outra ponto observado em relação a parte fashion de sua apresentação é que ao final dela, todos vestem look icônicos com os quais ela já foi vista ao longo de sua carreira e é isso que eu espero que aconteça também no show do Rio.

Em relação aos cenários, vi algumas pessoas comentando da estrutura enorme que foi montada nos países em que a “Celebration Tour” já passou, mas sinceramente, acredito que por ser na praia de Copacabana, dependendo do real tamanho disso, talvez esse ponto fique um pouco prejudicado em termos de espaço. É legal a proposta porque a montagem do palco também faz referência a outras performances de sua carreira, como a estrutura circular que faz alusão ao bolo de casamento de “Like a Virgin” no MTV Video Music Awards de 1984. Mas com certeza alguma outra alterativa será encontrada pra não afetar a experiência.

Falando da parte sonora, a “Material Girl” tem música para dar e vender e mesmo após todos esses anos, ela consegue passar por boa parte delas durante as duas horas de seu show. Enquanto algumas são cantadas por inteiro, outras são apresentadas em trechos e até servem de ponte para outras partes da apresentação. Seus filhos fazem participações em algumas das canções nessa turnê e os hits, obviamente, não faltarão. Uma dúvida que surge nessa performance do Rio é a presença de Anitta, que tem música em parceria com a cantora, lançada em 2019 (“Faz Gostoso”). Enquanto uns especulam que a girl from Rio possa entrar durante “Vogue”, outros acreditam que ela de fato possa entrar pela primeira vez ao vivo com o feat. Mais uma observação para se fazer no show.

Trazendo uma boa notícia aos que não poderão estar presentes no dia 4 de maio, o Multishow, Globoplay e a Globo transmitirão em tempo real toda a apresentação. E você, pretende ir? Quais são suas expectativas para a passagem de Madonna após 12 anos aqui no Brasil? Me conta lá no instagram, @isaamenta, eu sou a Isa Menta e esse foi mais um Moda e Música, reunindo histórias, curiosidades e indicações dos dois universos no Esse Tal de Rock and Roll. Obrigada e até a próxima!