[PREMIERE] Os fantasmas de Verônica Magalhães

“Existem várias verdade sobre a gente, mas uma delas é a que a gente acredita ser absoluta“. Assim a cantora mineira Verônica Magalhães resume a sua nova fase, que é tanto musical quanto pessoal.

Com um álbum, um single e alguns ótimos clipes na bagagem, Verônica Magalhães é uma das poucas artistas que ainda persistem no lado tradicional do rock and roll sessentista, enchendo o copo com referências classudas que vão de Beatles a Júpiter Maçã.

Com produção rebuscada, cortesia do estúdio Ilha do Corvo de Leonardo Marques, o novo single “Fantasmas” é uma viagem quase lisérgica rumo ao interior humano, conforme tenta explicar Verônica:

“A música ganhou esse nome por falar das nossas sombras com as quais precisamos conviver ao longo da vida. A canção fala de pensamentos que construímos a nosso respeito, ou até mesmo sentimentos que carregamos conosco que só fazem sentido apenas em nossa mente. Faz uma conexão com a viagem do nosso eu interior“.

Musicalmente, “Fantasmas” é mais do que um single: representa um novo e importante degrau na carreira de Verônica, uma voz feminina eminente em meio a um universo psicodélico historicamente dominado por machos.

“Fantasmas” alcança a precisão das melhores faixas dos primeiros discos do Cachorro Grande, “Cosmotron” do Skank, perpassa highlights de Lennon, Harrison e Liam Gallagher, porém sempre com o toque glam, cortesia única de Verônica em sua assombrosa evolução. “Minha inspiração maior para “Fantasmas” foi “Yoshimi Battles the Pink Robots Pt.1” do Flaming Lips. Eu simplesmente amei essa música“, confessa Verônica sem perder de vista o vanguardismo.