Mafu: casamentos, hip hop e positive vibes

Tente rotular esta banda e falhe miseravelmente. Com influências que começam no reggae, passam pelo hip hop e explodem no pop, a Mafu está na ativa desde 2008 em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, um dos berços do sertanejo moderno, trazendo uma lufada de alto-astral para palcos, festas e casamentos.

Mas se engana quem pensa que tudo começou como na maioria das bandas autorais de hoje: pelos covers. Segundo Tico, guitarrista e compositor, o trio (Mafu também é Woody, voz e Alexandre, baixo) começou como uma banda autoral e depois começou a tocar em casamentos. “Começamos a tocar em casamento de amigos, uns rock and roll, casamentos doidos, aí depois entramos nesse mercado, sempre mantendo as nossas composições“, afirma.

A banda acaba de lançar o single “Capricorniana”, que conta com um videoclipe dirigido por Sandrow Almeida. Trata-se da deliciosa primeira faixa do EP debut “Tropical Session”, com lançamento previsto para agosto deste ano. A julgar pela faixa que tem a participação do rapper americano, B.A. Farmer, podemos esperar autênticas “positive vibes” por aí. Fica, que vai ter Mafu.

2 toques com Tico, guitarrista e compositor do Mafu

RC – O Mafu mescla muitos gêneros, mas acima de tudo é uma banda alto-astral. Essa é a proposta do primeiro ep de vocês? Uma música escapista, mas o mesmo tempo densa, como no caso de Capricorniana?

T – Sobre gêneros, a gente não escolhe muito, saca, porque a galera da banda tem cabeça aberta. Eu sei que é difícil, hoje as bandas são de rock, ou de reggae ou de black music, hip hop…. e a gente mescla tudo isso, sempre com alto-astral, divertindo pessoas, casamentos, festas, e a proposta do nosso EP é bem essa, são vários estilos que a gente gosta. Essa é a verdade, no começo ficamos preocupados, “vamos fazer só reggae”, ou “vamos fazer só hip hop”, mas depois falei com os meninos: vamos gravando aí, o que sair, saiu.

RC – E o mercado musical de Uberlândia, está aquecido ainda ou não dá para abrir mão das festas e casamentos?

T – Por enquanto ainda não dá. Mas tudo caminha para isso. A gente tirou esse ano e o ano passado para produzir nossas coisas, mas no ano que vem ainda tem muito casamento para fazer. Nossos casamentos não são tão convencionais assim, né, mas a gente também tá dando uma focada bem massa nesse trampo autoral da banda.