[PREMIERE] Tô Plebe Rude da vida

[PREMIERE] Tô Plebe Rude da vida

No ótimo filme besteirol “Chocante” (2017), com Bruno Mazzeo, a antológica faixa “P. da Vida” que tanto embalou as festinhas dos adolescentes nos anos 80 já havia ganhado novos contornos (emocionantes e melancólicos) ao ser interpretada, na telona, por integrantes boy band ultrapassada.

Agora, jogando nova luz sobre um dos eternos hits da banda Dominó – sim, a mesma que foi agenciada por muito tempo por ninguém menos que o finado Gugu Liberato – a Plebe Rude pede um minutinho de licença ao proto- punk-rock raiz para entrar de corpo e alma no pop bem escrito e, quem diria, urgente em função da Pátria Amada Brasil, que hoje se encontra em destroços graças a dois anos de bolsonarismo (e negacionismo). “Estamos mesmo p. da vida“, confessa o baixista da Plebe Rude, André X.

P da Vida”, gravada pela Plebe Rude com participação especial do ex-Dominó Afonso Nigro tem a produção de Philippe Seabra e foi gravada no estúdio Daybreak, em Brasília. A faixa é uma versão de “Tutta La Vita” do italiano Lucio Dalla. Quem fez a letra em português para o Dominó foi o compositor Edgard Poças. Para um dos fundadores da Plebe Rude, André X, a escolha da faixa como single não foi por acaso. Veio do curioso fato de que Afonso Nigro e Philippe Seabra se parecerem fisicamente, a ponto de serem frequentemente confundidos nos anos de glória.

Seabra e Nigro: separados no berçário

Era muito comum estar no aeroporto Santos Dumont e alguém chegar para o Philippe e pedir autógrafo achando que era o Afonso Nigro. E quando a Plebe Rude foi ao programa do Raul Gil ao lado do Dominó, o Afonso revelou que também era confundido como Philippe. Daí ficou essa brincadeira. E por um amigo em comum, eles chegaram a conversar e tiveram a ideia de gravar “P da Vida” um dia.  

André X – baixista

Covers são um capítulo à parte na história da Plebe Rude, uma banda que sempre primou pelo autoral desde os primórdios do Rock Brasília. Segundo André X, em Brasília “ninguém fazia banda cover”, tampouco tocava música dos outros. “Anos depois que a gente foi tirar algumas músicas, depois de uma década tocando só coisa nossa“. O baixista elenca versões da Plebe Rude para “Clapdown” do Clash, além de The Roots, Vibrators e até a brasileira co-irmã Cólera.

Eterna Plebe Rude

Formada em 1981, a Plebe Rude atualmente é composta por Philippe Seabra (Voz, Violão e Guitarra), Clemente Nascimento (Voz e Guitarra), André X (Baixo e Backing Vocals) e Marcelo Capucci (Bateria e Backing Vocals).  

Confira o single “P. Da Vida” com Plebe Rude e Afonso Nigro

Assista ao vídeo de “P da Vida”:

E então, o que achou dessa parceria inusitada entre Plebe Rude e um ex-Dominó? Conta para nós aí nos comentários!

Marcos Tadeu

Marcos Tadeu

Jornalista, idealizador e apresentador do Rock Cabeça na 100,9 FM, Rádio Inconfidência FM (MG) desde 2016. Acima de tudo, um fã de rock gringo.