gorduratrans: ouça sem moderação
Ok. Você vai me dizer que duos não são nenhuma novidade no universo musical contemporâneo. Hoje, temos (muita) gente que paga ingressos para ver duplas que valem por uma banda, como Royal Blood. Tivemos duplas históricas e enigmáticas, como The White Stripes. Duos que até hoje são referência em diversos gêneros, como os Pet Shop Boys. Em BH, temos o Teach Me Tiger, que por sinal tem uma sonoridade bem parecida com os 2 Felipes do gorduratrans.
Formar um duo nunca esteve na intenção inicial de Felipe Aguiar (guitarra/voz) e Luiz Felipe Marinho (bateria). Na verdade, o gorduratrans foi testando várias receitas até entender que o formato enxuto conseguia, e muito bem, passar a mensagem de dor, paixão e desespero que pretendiam. E foi simplesmente assim, com 3 trabalhos lançados em plataformas digitais, que os cariocas do gorduratrans conseguiram criar uma obra que dialoga intimamente com os anseios dos jovens adultos de hoje.
São canções de títulos quilométricos e outras nem tanto que expressam estados de espírito antes nunca tão bem retratados no rock independente. O mais curioso é que todo esse som introspectivo e visceral vem de uma dupla carioca, tão menos afeita ao aspecto solar que contamina o repertório de bandas criadas no Rio de Janeiro. Em “7 Segundos”, faixa emblemática de “Paroxismos”, a guitarra de Felipe Aguiar se contorce enquanto ele se depara com o vazio. Vazio, porém criativo até o âmago. Com vocês, por vocês, gorduratrans.
Confira a entrevista do gorduratrans no quadro Rock Cabeça da Inconfidência FM:
Veja o vídeo de 7 segundos do gorduratrans:
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